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10 dicas no Dia do Orgulho LGBT !

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Dia do Orgulho LGBT
Dia do Orgulho LGBT

Hoje é dia de comemorar o Dia do Orgulho LGBT! Para isso, a Coordenação da Saúde da População LGBT descreve 10 dicas de saúde:

1)    Como faço a carteira de nome social, o cartão do SUS com nome social e a retificação do nome na carteira de identidade?

Para fazer a Carteira de Nome Social você deve se dirigir ao Tudo Fácil ou ao Instituto Geral de Perícias da sua cidade (mesmo local em que é feita a carteira de identidade) com a carteira de identidade e a certidão de nascimento. A carteira de identidade deverá ter sido emitida no Rio Grande do Sul.

Para a emissão do cartão do SUS com o Nome Social é preciso ir até o setor responsável em seu município. Há lugares em que é na Secretaria Municipal da Saúde ou na própria Unidade de Saúde. Cada cidade organiza-se de uma maneira. Certifique-se de que esteja impresso apenas o nome social, a data de nascimento e o número do cartão SUS. Informações referentes ao nome de registro civil  e ao gênero não deverão estar impressas, de acordo com a Nota Técnica nº 18 de 24 de setembro de 2014.

Para a mudança definitiva na carteira de identidade e demais documentos oficiais, ainda é preciso recorrer a um processo judicial. O Serviço de Assessoria Jurídica Universitária da UFRGS, através do G8, atua com o encaminhamento dos processos de travestis e transexuais para a retificação do nome civil.

 

2)    Seu eu faço uso de hormônios ou quero iniciar um tratamento hormonal, posso buscar a Unidade Básica de Saúde?

A Unidade Básica de Saúde tem capacidade para resolver grande parte das necessidades de saúde das pessoas. Você poderá ser acompanhado(a) por um(a) profissional de saúde, realizar exames e iniciar tratamentos conforme indicação.

Por vezes, pode acontecer dos/as profissionais de  saúde terem dúvidas em relação aos procedimentos necessários para um acompanhamento adequado, nestes casos eles/as podem obter informações entrando em contato com o Núcleo de Telessaúde pelo telefone 0800-644-6543.

 

3)    Como faço para  acessar a cirurgia de redesignação sexual/ reafirmação de gênero pelo SUS?

O encaminhamento para o serviço especializado no processo transexualizador é realizado pelo/a profissional de sua Unidade Básica de Saúde de referência. No Estado do Rio Grande do Sul, o acompanhamento pré e pós-operatório e os procedimentos cirúrgicos atualmente são  realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, por meio do Programa de Identidade de Gênero (PROTIG).

 

4)    Sou lésbica. Preciso realizar os exames preventivos de câncer do colo do útero e de mama?

Sim! As mulheres lésbicas, assim como as bissexuais, também necessitam de cuidados em relação aos exames preventivos, aos métodos de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e às consultas regulares, independente da sua orientação sexual. O Papanicolau deve ser feito por todas as mulheres que já iniciaram a vida sexual, pois a transmissão do HPV, maior causador de câncer do colo uterino, ocorre também nas relações sexuais entre mulheres, mesmo que em índices menores. O que diferencia na hora do exame das mulheres lésbicas para as heterossexuais é o tamanho do espéculo (instrumento que possibilita a visualização do colo do útero), sendo que os mais finos são indicados para mulheres que não têm prática sexual com pênis. Quanto ao câncer de mama, com alta incidência no Rio Grande do Sul, o autoexame das mamas é recomendado e a mamografia é indicada a todas as mulheres a partir dos 50 anos de idade.

 

5)  Sou homem trans.  Preciso realizar os exames preventivos de câncer do colo do útero e de mama?

Os homens trans que não fizeram os procedimentos de retirada do útero e das mamas também precisam ficar atentos aos exames preventivos. O exame preventivo do colo do útero pode ser realizado a cada três anos. Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição só será necessária após três anos. Mais informações:

 http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/deteccao_precoce

 

6) Fui vítima de violência motivada por Homofobia/ Lesbofobia/ Transfobia/ Bifobia, o que devo fazer?

Existem diversas forma de violência as quais pessoas LGBT estão expostas: violência física; violência intrafamiliar; violência moral; violência patrimonial; violência psicológica e violência sexual. Caso você tenha sofrido alguma dessas violências, procure um serviço de saúde (Unidade Básica de Saúde, Serviço de Urgência e Emergência), a delegacia de polícia e/ou entre em contato com o Disque 100.

Para mais informações sobre os tipos de violência acesse o link a seguir: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/viva_instrutivo_notificacao_violencia_domestica.pdf

 

7) Minha família e/ou amigos/as não me aceitaram depois que “saí do armário”, o que posso fazer?

A questão de “se assumir” pode causar sofrimento em muitas/os LGBTs, pois vivemos em uma sociedade heteronormativa que impõe padrões sociais de gênero. Considerando que essa é uma situação diferente para cada pessoa, se para você esse momento está sendo doloroso e/ou marcado por rejeição de amigos/as e familiares existe a possibilidade de buscar atendimento de um/a profissional nos serviços de saúde. Você também pode buscar apoio nas universidades e ONGs que trabalham com a pauta LGBT.

 

8) Sou gay e me relaciono sexualmente com outros homens, quais cuidados específicos preciso ter?

É importante estar atento à sua saúde, pois identificar-se como gay, bissexual ou homem que faz sexo com homens pode trazer um alto risco de exclusão social, de discriminação e mesmo de violência física, por parte de familiares, amigos/as e colegas de trabalho. Como consequência, podem haver diversos agravos à saúde relacionados a estes contextos desfavoráveis, tais como: maior vulnerabilidade ao HIV e ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), doenças mentais (ansiedade, depressão, isolamento social, estresse pós-traumático) e uso abusivo de álcool e outras drogas. 

Dessa forma, procure pelo serviço de saúde mais próximo para mais informações sobre saúde sexual, autocuidado, métodos de prevenção combinada, realização de testes rápidos para detecção de HIV, Sífilis e Hepatite. Além de poder contar com profissionais que poderão prestar cuidado em saúde mental quando necessário.

9) É preciso que eu me identifique com alguma identidade de gênero ou orientação sexual?

Não necessariamente. As possibilidades de identidades de gênero e orientações sexuais são plurais, sendo assim não é precisose prender a algum “rótulo” para vivê-las.

 

10) Acessei o serviço de saúde e sofri alguma forma de preconceito, discriminação ou me foi negado atendimento. O que devo fazer?

Você pode entrar em contato com a Ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde do RS pelo telefone 0800-6450-644 ou pelo Disque Saúde no 136 ou ainda pelo Disque 100 para registrar o ocorrido.

Arquivos anexos

Por favor, aguarde até que o procedimento seja concluído.

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