Onda de frio intenso e os riscos à saúde
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O Núcleo de Eventos Ambientais Adversos à Saúde da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde/CEVS alerta para a chegada de uma massa de ar polar vinda da Argentina, provocando uma queda brusca na temperatura a partir de quarta-feira 19/08. O frio deverá permanecer até o dia 22/08, sábado.
É importante que se conheça os agravos à saúde que podem ser provocados pelo frio intenso, para que se tomem as medidas adequadas, principalmente em relação as populações vulneráveis, para evitar ou diminuir os efeitos nocivos do frio.
O tempo frio aumenta o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias. Qualquer pessoa pode ser afetada pelo frio, porém aqueles com maior risco de doenças/ agravos incluem idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas ou com limitações físicas/ mentais. Pessoas que tomam certos medicamentos ou com desnutrição também correm maior risco de doenças relacionadas ao frio.
Frequentemente, as famílias vulneráveis são as mais atingidas, pois têm menos recursos para se aquecer adequadamente. Pessoas em situação de rua, refugiados e migrantes podem ser especialmente vulneráveis. O risco aumenta se não tiverem abrigo adequado, roupas adequadas, alimentação e cuidados de saúde.
Os serviços sociais e de saúde muitas vezes enfrentam o desafio de cuidar de um número crescente de pessoas que sofrem de agravos relacionados ao frio.
São sintomas comuns relacionados ao frio:
Respiratório: aumento da secreção de muco, falta de ar, respiração ofegante, tosse;
Cardiovascular: dor no peito, arritmia;
Circulação periférica: mudança de cor nos dedos das mãos e dos pés, dor, dormência, sensação de cócegas;
Musculoesquelético: dor, rigidez, inchaço, movimento restrito, parestesia, fraqueza muscular;
Dermatológico: coceira, erupção cutânea, pele pálida, eritema, edema.
Algumas doenças e agravos relacionados ao frio são:
Respiratório: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, infecções respiratórias;
Cardiovascular: doença coronariana e outras doenças cardíacas, infarto do miocárdio, acidentes cerebrovasculares;
Circulação periférica: fenômeno de Raynaud, síndrome de vibração mão-braço;
Músculo-esquelético: síndrome do túnel do carpo, síndrome do pescoço tenso, tenossinovite, peritendinite;
Dermatológicas: urticária ao frio (urticária), pérnio (frieiras), psoríase, dermatite atópica, lesões, como ulceração pelo frio, pé de trincheira, hipotermia e quedas.
Mortes relacionadas ao frio:
A mortalidade total na maioria das populações é maior no inverno do que no verão. As causas mais comuns de morte são: doença cardíaca coronária, acidentes vasculares cerebrais e doenças respiratórias.